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sábado, 4 de novembro de 2017

Quisera dizer-te que o amor nasce muitas vezes.
Mas nunca pelos caminhos que eu insisti em segui-lo
Mas há os dias que nascem tortos, os buracos no meio da estrada
Os desassossegos das vidas vazias, os anúncios de bons futuros a preços módicos
Em quais escuridões se acolhem os sonhos dos homens, as vontades pisadas como uma rosa que caiu do buquê no meio da calçada,
Não demores para que não se perca o sentido da vida,
O violinista no telhado azulado, fala do amor estrelado das primeiras horas,
Da essência do amor na música, de alguma nota pura tirada de um instrumento inventado
Tem diferentes dias em que a sorte é colhida como uma nota musical que passa no ar,
Desejo-te sorte, o amor é um pressuposto da felicidade,
Um passo mais largo do que as perna podem caminhar,
Mas o amor é assim, premia quem tem pernas longas, quem tem asas sonoras, quem mora fora de si,
Quem olha dentro dos olhos para ver o fundo da alma,
Um bilhete anônimo voado ao sabor do vento, um recado do destino
Num papel marcado de beijos a um ser que não soube amar o bastante
Quisera dizer-te que nada de verdade se perde,
O amor nasce muitas vezes, e tantas vezes cabe à mesma mulher



Charles Burck 
tinastar

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