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sábado, 23 de setembro de 2017

Consta na agenda a falta de tempo
Se me dissessem feche os olhos e sinta apenas,
O amor a respirar por aparelhos, a existência não dedicada
Quando o tempo parou de contar
Eu não saberia dizer, quem foi que deixou cessar o carinho
Os médicos têm outros problemas,
A mecânica de dissimulam que tudo está nos lugares, cessou,
Cortei a carta de copa ao meio, uma parte do coração que pulsa exagerada e outra quase apagada,
O exilado no prazer se matar aos poucos, m=uma dose cavalar de rotina,
È uma doença quase sem cura, o que pulsa me mim afeta a você e vice e versa,
Os objetos da afeição expostos a poeira, a repulsa de falar dos nossos fatos,
As cartas marcadas, a vidente que chora o que não consegue entender, não ver o futuro nelas
Todas as manhãs serão tarde demais, todas as noites morremos juntos, abraçados às nossas faltas de agirmos,
Dois corpos velados pelas estrelas,
A mancha no meio dos poemas, as cinzas das chamas apagadas,
A brevidade dos sonhos,
O nada a dividir nossa casa, nossa cama, nossas vidas
Uma lâmina rasgando o que agora somente parecer ser um ato simbólico de morrer


Charles Burck 

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