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domingo, 2 de julho de 2017

Sob o pé da mangueira eu via o corisco corta o ar
As palavras podem ser raios de riscar ou de queimar
Fluidos de astros a falar sobre o que não podemos tocar
Há as que se filtram na língua, apagam os excessos e suavizam o dito,
E as que se despedaçam sem se dizerem, na impossibilidade demasiada de não se fazer entender,
Eu quando menino adorava subir a colina pela manhã, para deixar grudar nas calças o orvalho do capim, era uma forma minha de me misturar à natureza,
À noite eu subia a colina para ver as estrelas de perto, amava a noite repleta delas, sempre me chamaram de louco por tudo isso,
E eu era varrido, descabido de mim, a lógica da vida só era sentida quando eu era assim,
Havia me acostumado comigo mesmo,
O amor e a liberdade são os princípios de todas as coisas - Viva e deixe viver, ame e seja amado,
Eu repetia isso, mesmo sem saber que sendo criança não sabia por que dizia,
Mas o espírito da liberdade e o sentido do amor já estavam impregnados em mim,
Eu nem sabia, e nem precisava saber
Mas foi essa forma de ser que impregnou o meu coração do seu, depois, quando cresci


Charles Burck 

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